Pônei Brasileiro
Antigamente o uso da tração animal era indispensável ao homem. O serviço de extração mineral nas grutas exigia cavalos fortes, porém bem pequenos e que suportassem pesadas cargas pelos longos, íngremes e estreitos túneis das minas. Com estes atributos básicos foram selecionados os primeiros pôneis.
Os pôneis da Raça Pônei Brasileiro descendem dos “Shetland” da Escócia, dos “Falabella” da Argentina, além de alguma influência de animais oriundos do Paraguai e Uruguai.
Hoje, já com o Padrão Racial aperfeiçoado, a sua altura não pode ultrapassar 100cm para machos e 110cm para fêmeas, sendo a estatura ideal 0,90cm. Este pequenino cavalo exibe formas lapidadas, como convém a todo equino de dupla aptidão – sela e tração leve.
Possui cabeça de forma triangular com orelhas pequenas e bem implantadas, olhos vivos e expressivos, narinas delicadas, abertas e flexíveis. Seu pescoço tem comprimento e musculatura proporcionais com crinas fartas e sedosas. Tronco forte e compacto com dorso–lombo curto, reto e forte, garupa bem musculada, de forma arredondada e harmoniosamente ligada ao lombo. Membros proporcionais, fortes e bem aprumados.
Mini Horse
Um cavalo em Miniatura
O Mini-Horse é uma raça de tripla aptidão, serve tanto para sela quanto para tração ou simplesmente como animal de estimação. Sua docilidade e pequena estatura fazem dele um brinquedo vivo. Suas principais peculiaridades são: Pequenos espaços para mantê-los, baixo custo de criação, resistência e rusticidade. Sua conformação é de um cavalo em miniatura, bem estruturado, musculoso e proporcional ao seu tamanho. Deve mostrar leveza, ter harmonia e muita elegância.
Sonho e Paixão
Ele exerce uma atração forte tanto nas crianças quanto nos adultos. Seu porte diminuto desperta ternura e um grande fascínio, motivos pelos quais tem lugar garantido como animal de estimação. Sua docilidade e pequena estatura facilitam a lida pelas crianças, que o aceitam de imediato, e para tê-lo não é preciso muito espaço, nem muito dinheiro para a sua manutenção. Resistente e rústico pode ser criado até em quintal, dormindo ao relento, não requer muitos cuidados, pois é muito rústico e resistente.
A Origem do Mini-Horse
A palavra Pônei não significa uma raça de cavalo, mas sim identifica um grupo de equinos de baixa estatura. Existem muitas raças diferentes de pôneis criadas em todo o mundo. Cada raça tem um tipo físico, algumas com conformação mais leve, ossaturas mais delicadas, elegantes e consequentemente indicadas para sela; outras raças são mais robustas e musculosas, são as indicadas para tração; ou ainda existem raças de dupla aptidão, ideais para tração e para montaria.
A raça Mini-Horse é uma delas, tem a sua origem e formação na mestiçagem de várias dessas raças:
- Shetland, originário do norte da Escócia (Ilhas Shetland e Orkney), onde existe há mais de 2.000 anos. São conhecidos no mundo todo e considerada uma das raças mais puras existentes;
- Welsh, tem a sua origem no país de Gales, razão pela qual também é conhecido como Pônei Galês da Montanha, tem uma aparência aristocrática devido a sua cabeça arabizada e levemente côncava;
- Brasileiro, é uma raça nacional oriunda do cruzamento de pôneis de origem Bretã, Uruguaia e Argentina, desenvolvida a partir da década de 70, foi o principal formador do Mini-Horse;
- Miniature Horse, de origem dos Estados Unidos, é a menor e mais valiosa entre todas as raças de pôneis criadas no mundo.
Foi do cruzamento destas raças ou usando-as como formadoras, que o Mini-Horse herdou a força e a baixa estatura, pois consegue levar na sela uma pessoa adulta ou puxar uma charrete sem muito esforço.
Ficha técnica do Mini-Horse
Aparência: de força e calma. Em trabalho deve ser ágil, tranqüilo e sempre sobre o controle do cavaleiro. Parado deve manter-se reunido e apoiado nos quatro pés, para que sempre esteja pronto para partir em qualquer direção.
Porte: pequeno, equilibrado e proporcional, devendo ter no máximo 0,98 m. de altura para as fêmeas e 0,93 m. de altura para os machos, sempre medidos na cernelha, aos 36 meses de idade ou mais.
Temperamento: dócil, ativo e inteligente, o que o faz ágil e ao mesmo tempo manso. Tratado adequadamente, torna-se um perfeito animal de estimação.
Andamento: trote harmonioso em todas as suas modalidades, de preferência o de ação reta, progressiva, regular, firme e com reações suaves. Embora não seja o ideal, admite-se a marcha. Caso seja andadura, deve ser descartado.
Pelagem: admitem-se todos os tipos de pelagens e suas variedades, exceto a Albina, sendo as de cores exóticas as mais procuradas. Seu pelo deve ser sedoso, brilhante e macio.
Finalidade: podem ser utilizados para montaria (passeios, provas, concursos, etc..), para tração (trole, carrocinha, charrete, etc…), são domados a partir de 24 meses de idade ou simplesmente como animal de estimação. Para montaria, os animais com andamento suave e de estrutura leve são os mais indicados. Os com mais de 90 cm de altura podem ser aproveitados por mais tempo pelas crianças e os que possuem um trote firme, são os ideais para tração. Potros só estão mansos após os 05/06 meses de idade (época da desmama), quando devem ser acostumados ao cabresto. É bom salientar que garanhões não servem, em geral, como animal de montaria, apesar de existirem garanhões comportados e montados por cavaleiros bem jovens.
Longevidade: estima-se que vivam em média 24 anos, sendo que existem diversos casos de éguas e garanhões que procriam além desta idade.
Reprodução: são muito precoces, pois tem vida reprodutiva a partir dos 24 meses, quando principalmente as fêmeas devem estar com boa estrutura corpórea e musculatura adequada. Geralmente produzem um potro em cada primavera, após um período de gestação de cerca de 325 dias. A égua tem um leite muito rico, amamentando o filhote até os 05/06 meses de idade, época da desmama. Após o parto, a égua apresenta cio em alguns dias (cio do potro) e regularmente tem o seu período de fecundação a cada 21 dias. A estação de monta pode ser feita a campo ou controlada, quando a campo deve ser no período de Setembro a Março, se controlada a qualquer época do ano.
Saúde: é muito difícil um Mini-Horse ficar doente. Porém ao constatar ferimentos ou suspeitas de doenças, consulte um veterinário para orientação e tratamento. O Mini-Horse em seu estado normal tem os olhos vivos, está com as orelhas sempre empinadas, sua pelagem é macia, brilhante e sedosa. Tem bom apetite, demonstra curiosidade por tudo ao seu redor e sua pele é flexível.
A temperatura do Mini-Horse pode variar de acordo com a sua alimentação, estado físico ou idade; porém quando está em repouso ela deve oscilar entre 37,5ºC e 38,5ºC em animais adultos. Sua frequência cardíaca também pode variar, quanto mais jovem for o animal, mais rápido será o seu batimento, sendo o normal de 34 a 40 batidas por minuto. Já sua frequência respiratória pode variar entre 10 a 14 movimentos por minuto, em animais adultos e em repouso.
Cuidados: limpar e aparar os cascos periodicamente, vermifugar a cada 90/120 dias todo o plantel, consultar o veterinário quais as vacinas necessárias, combater os carrapatos e outros parasitas, dar banho quando preciso, escovar se possível diariamente, fazer o toalete da crina, cauda e orelhas regularmente. Ter sempre água limpa “à vontade”, volumoso fresco e de boa qualidade, concentrado bem balanceado e sal mineral o ano todo. Um Mini-Horse bem cuidado dá prestigio ao seu dono, compensa todo o trabalho e despesas de alimentação, uma vez que a sua aparência é a de um animal bonito e sadio.
Instalações: as cocheiras podem ser construídas de tijolos, de concreto, de pedra ou de madeira, e devem ser cobertas de telha de barro que guardam menos calor. Podem ser instalações rústicas, simples e de custo modesto, porém funcionais e espaçosas. O piso deve ser áspero para evitar que o animal escorregue e com leve inclinação para facilitar escoamento de água, além de ser mais alto que a área externa, para facilitar sua drenagem e evitar alagamento. A cocheira deve ter boa claridade e ser bem ventilada, de maneira a propiciar sempre ar fresco aos animais. Os cochos e bebedouros devem ser firmes e a uma altura compatível com a do animal, deve ter um gardel para o feno e um pequeno saleiro. O piso pode ser revestido com tapete (borracha) próprio para eqüinos, também pode ser forrado com capim seco ou maravalha para evitar umidade, devem ser limpos diariamente. Piquetes devem ser com gramíneas adequadas a eqüinos e podem variar de tamanho conforme a sua finalidade: exercício, sol, pastoreio, maternidade, etc… Demais instalações como farmácia, depósito de ração, escritório, picadeira, lavador e outras benfeitorias podem ser feitos a critério ou necessidade de cada criatório.
Como escolher seu MINI-HORSE
Adquira exemplares que tenham boa saúde, sejam ativos, de porte pequeno, com musculatura forte, boa estrutura e proporcionais. Devem ser resistentes para que durante o ano todo possam viver ao ar livre no campo, além de adequado a função que se destina.
Para sela ou tração os garanhões demonstram ser mais inteligente que os castrados, porém os últimos dificilmente apresentam problemas de temperamento. O garanhão deve ser de excelente conformação, e genealogia comprovada. A égua, tanto quanto o garanhão, deve ter uma genealogia com ascendentes raçadores e boa conformação, o que lhe garantirá futuro promissor como matriz. Em qualquer raça esta é a receita básica para um acasalamento de sucesso.
A menos que você seja um “expert” em animais, na dúvida sirva-se da orientação de bons técnicos que existem no mercado, de criadores conhecedores da raça e com idoneidade comprovada, que conheçam do assunto, porque é muito importante que o animal seja escolhido pela sua qualidade, pelos seus dotes, assim como se assegurar de que é sadio e também adequado à finalidade desejada.
Fonte: Associação Brasileira dos Criadores de Mini-Horse